terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Highway to hell

Nesse último final de semana, a banda australiana AC/DC esteve no Brasil para uma mega apresentação no Estádio do Morumbi, em São Paulo, de sua turnê mundial "Black Ice". A banda não pisava em terras tupiniquins desde 1996. A espera foi grande e os fãs estavam alucinados por mais uma oportunidade de ver esses tiozinhos em ação no palco. Eu como boa roqueira e amante dos clássicos estava lá pra conferir. Mas quem disse que curtir um show em São Paulo, em plena sexta-feira, às 20 horas é só diversão? Aliás, a correria começa bem antes do dia marcado para a apresentação. Vou explicar melhor e por partes.

Primeiro veio a ansiedade, aquela incerteza se vai rolar ou não a turnê por aqui. Sabemos que o Brasil não é uma rota certa de shows dessa magnitude. Depois da confirmação (graças a Deus), vem a compra dos ingressos. Esses são dispendiosos, caríssimos pra falar a verdade. Fora o sistema de venda monopolizado da Ticketmaster, que torna o consumidor prisioneiro da empresa e acaba tendo que ceder caso queira mesmo ir ao tão sonhado show. O ingresso mais baratinho custa a bagatela de R$ 150, pra se ter uma idéia isso representa 65% do valor de uma cesta básica do trabalhador paulistano. Não queria entrar em detalhes, mas esse ponto me deixa muito irritada e eu preciso desabafar. Além do preço ser superfaturado ainda tem a tal taxa de conveniência, que de conveniente não tem nada. A taxa é de 20% sobre o valor do ingresso pelos serviços que a Ticketmaster lhe presta. E presta mal pra caramba, nossa! Mas como ela é a única que vende o ingresso, ficamos reféns e ao bel prazer deles. Ingresso ok!

Agora vem a segunda fase da ansiedade, a espera pelo show. O Dia D. E ele finalmente chega, e cai em uma sexta-feira, como já disse. Isso implica algumas ações emergenciais como sair mais cedo do trabalho e armar uma plano estratégico para se chegar ao local de evento. Tudo por conta do trânsito caótico da capital paulista. Normalmente já é infernal, mas em dias como esses parece que tudo conspira contra. A famosa lei de Murphy. E como desgraça pouca é bobagem, uma chuva daquelas tinha que vir e lavar a alma dos pobres mortais aqui na Terra. Engarrafada e encharcada é muito “róqueinrol”.

Chegar atrasada já era mesmo esperado. O que não era esperado era a falta de individualidade que reinava nas arquibancadas do Morumbi. Esse povo não sabe nada de física mesmo: dois corpos não ocupam o mesmo lugar! Mesmo sem eu querer, ali deixei de ser sujeito capaz de fazer minha própria vontade e me tornei parte da massa, que se amontoava em uma espécie de coreografia, todos juntos de um lado e agora todos juntos para o outro. Um conflito entre impulso e racionalidade me cercava: sair correndo daquilo ou relaxar e aproveitar? Resolvi aproveitar, afinal, já estava pago mesmo.

3 comentários:

Carol Maia disse...

Aeeeee diva adorei o blog, já favoritei. Aproveitei também que não trabalho muito na concorrência e li váááários posts... hahahaha... coitada de mim. Consegui ler o último apenas, curti. Rockeira com cara de paty, só tu msm. Mas como já disse antes, as aparências enganam, no seu caso e no meu elas se aplicam. Enfim, fofocamos depois. Divirta-se em alto mar. Bjkssssssssss

Unknown disse...

E valeu a pena?

Lisia Minelli disse...

nooooosa, e como valeu!!!! hahahaha