segunda-feira, 9 de março de 2009

Notícia de interesse público: carro roubado não paga IPVA

Navegando pela net sempre achamos algo de bom, de interesse público e também do público. Neste caso é utilidade pública total. A matéria abaixo eu vi na Folha Online (puta propaganda que eu faço desse site, devia cobrar).

Seguinte, quem teve o veículo roubado ou furtado em 2008, poderá receber reembolso proporcional do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) referente ao valor pago. Bom né. Afinal de contas, o imposto é para quem utiliza veículo, quem não usa, não paga. Claro!

Para saber quem tem direito ao reembolso, basta acessar o site da Secretaria da Fazenda (www3.fazenda.sp.gov.br). Esta lei foi sancionada no ano passado pelo governador José Serra (PSDB).

No more Somewhere back in time

Alegria de pobre dura pouco mesmo. Lembra que eu contei toda feliz que iria no show do Iron Maiden em março? Pois, é. Minha alegria foi arrancada, sem anestesia. Mas sabe, eu acho que foi certo. Pensa comigo... eu trabalho no turismo, viajo pra cacete (em sete meses duas vezes, nossa...) e ainda quero ir no Maiden? Em que mundo eu penso que vivo???? Pirei né!

Diversão tem que ser igual para todos. Tipo, eu viajo a trabalho e você vai no show sozinho. Porque não é justo eu me divertir na viagem e ainda me divertir num show. Muita diversão. Absurdo!!!! Como eu queria uma mãe legal que me desse de tudo. Assim eu não precisaria gastar meu dinheiro. Guardaria tudo, só pra mim.

Mas tudo bem, pelo menos eu vou no show do Kiss. Obrigada!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estupra mas não mata

Quem foi que disse que a igreja deve se meter em casos de polícia??? Alguém pode me explicar como é possível uma pessoa dizer que aborto é um crime pior que o estupro? Pois é, na igreja católica isso é bem pior. Tipo assim, o cara pode estuprar uma menina de 9 anos há pelo menos 3 anos e não ser punido pela igreja, agora a mãe dessa menina e os médicos que a ajudaram, esses sim, pode excomungar.

É o absurdo maior que eu ouvi nesses últimos tempos. Tirando o fato do estupro propriamente dito. Veja abaixo o comentário do tal arcebispo, dom José Cardoso Sobrinho (PE) em entrevista a Folha Online:

"Não, absolutamente não [o padrasto não deve ser excomungado da Igreja Católica]. Não fui eu que excomunguei as pessoas envolvidas com o aborto. O aborto é um crime que está previsto nas leis da Igreja, no código aprovado pelo papa. Essa é a penalidade da Igreja", afirmou Sobrinho.

"Quem cometer estupro está cometendo um pecado gravíssimo, aqueles que cometem assaltos também, estão cometendo pecados gravíssimos, e a Igreja também os condena. Mas, para estes pecados, a Igreja não prevê a excomunhão", disse. "Quem cometeu o aborto é um crime mais grave ainda, porque é tirar a vida de alguém inocente, indefeso."

Assalto agora é igual a estupro? Desculpe, prefiro ser assaltada mil vezes do que ser estuprada uma única vez.
Essa é mais uma daquelas coisas ditas e que entram para os anais do besteirol, tipo aquela célebre frase do Maluf: Estupra mas não mata. Queria que fosse a filha deles, vamos ver se o discurso seria o mesmo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

1968 - Confronto com CCC deixa prédio da USP destruído

Hoje, durante uma aula de Seminários Avançados com o professor Renato Vaisbih foi feito um comentário sobre um acontecimento dos anos 1968 (em plena ditaduta militar brasileira) que me chamou atenção. Um "ataque" a estudantes na rua Maria Antônia, em São Paulo. Não sei se todos conhecem a história, ou mesmo o CCC (Comando de Caça aos Comunistas). Confesso que eu nunca tinha ouvido falar. E curiosa como sou, resolvi dar uma "fuçada" na net e descobri algumas coisas.
O texto abaixo foi retirado e do site CMI Brasil <http://www.midiaindependente.org/>, vale a pena conferir.

1968: Terrorismo do CCC na rua Maria Antônia. Reapresentação

Por Fausto Barreira 23/06/2007 às 12:33

Reprodução de relato dos acontecimentos na rua Maria Antônia, em 1968, envolvendo os terroristas do CCC (Comando de Caça aos Comunistas), a Força Pública e os estudantes, publicado no jornal REPÓRTER, de São Paulo (outubro/1978). Reapresentação de texto no midiaindependente.

Ao jornal REPÓRTER: Li a reportagem do REPÓRTER n. 15 sobre o CCC e sua atuação em São Paulo, em 1968. Naquela época, eu era estudante da Faculdade de Economia da USP, situada próxima à rua Maria Antônia, onde se deram os acontecimentos que culminaram com a destruição do prédio da Faculdade de Filosofia da USP pelo CCC e o assassinato de um estudante; assim, pude acompanhar os fatos de perto. Por meio de um artigo de minha autoria, na época, para o jornal do Centro Acadêmico Visconde de Cairu (da Faculdade de Economia) descrevendo os acontecimentos daqueles dias, creio que ficará claro o acobertamento que a polícia (a Força Pública, na época) e o governo do Estado deram ao CCC.

Eis o artigo: GOVERNO APOIOU MESMO O TERRORISMO DO CCC

Parte da imprensa insiste em caracterizar os acontecimentos como sendo o resultado de uma rixa entre os estudantes da Filosofia da USP e do Mackenzie. Mas os fatos são mais graves: tudo começou quando estudantes universitários e secundaristas realizavam, na rua Maria Antônia, pedágio com o fim de arrecadar recursos para a realização do 30º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes). Enquanto promoviam o pedágio, os estudantes foram agredidos com ovos e pedras partidos do prédio do Mackenzie. Deve-se levar em conta que essa agressão não foi ocasional, mas fazia parte de um plano visando impedir a realização do Congresso da UNE. Com o revide aos ataques, teve início a batalha de pedras e caramurus, que durou um dia inteiro.

No segundo dia de luta, tudo ficou mais claro. O CCC (Comando de Caça aos Comunistas) organização terrorista, paramilitar, ocupou o alto de um prédio em construção, ao lado do Mackenzie, com a intenção de destruir a Faculdade de Filosofia. Com armas privativas do Exército - essa denúncia está no jornal O Estado de S. Paulo, com bombas de gás lacrimogêneo - fato também documentado pela imprensa - passou à agressão com a cobertura da Força Pública. Os estudantes da Faculdade de Filosofia, ajudados por secundaristas, professores e, inclusive, mackenzistas, improvisaram defesas para responder à agressão. O estudante secundarista José Guimarães, que se encontrava na rua, em frente à Faculdade, foi assassinado a tiros, pelo CCC.

Ao cair da tarde, os assassinos do CCC passaram a jogar bombas incendiárias sobre o prédio da Filosofia; os bombeiros tentaram entrar pela porta principal, mas foram apedrejados de cima do prédio ocupado pelos terroristas. Vendo que a Faculdade de Filosofia estava sendo destruída, seu diretor, professor Erwin Rosenthal, pediu aos alunos que evacuassem o prédio, no que foi atendido; comunicou o fato ao governador Abreu Sodré e pediu que a Força Pública interviesse prontamente para evitar a destruição de um patrimônio do Estado. O secretário da Segurança Pública, Helly Lopes Meirelles, prometeu atender, mas, passadas duas horas, com a Faculdade de Filosofia totalmente vazia e a Força Pública a apenas cem metros do local, nenhuma providência havia sido tomada. Pude testemunhar o instante em que o deputado federal Israel Dias Novaes telefonou da Faculdade de Economia para o secretário de Segurança Pública, exigindo providências e ameaçando denunciar o fato no Congresso.

Ao ver que não encontravam resistência policial, os terroristas incendiaram a entrada principal da Faculdade de Filosofia; com foguetes afastaram a multidão que estava próxima, e, ao som do Hino Nacional, hastearam a bandeira brasileira. A Força Pública, já no local, nada fez. Porém, aproximadamente 300 pessoas, que se encontravam nas proximidades, vaiavam e atiravam pedras nos agressores. Nesse momento, a Força Pública agiu prontamente, perseguindo a multidão. Mais de 100 pessoas refugiaram-se na Faculdade de Economia, próxima do local, e trancaram a porta de entrada. Os policiais abriram-na com rajadas de metralhadoras, invadiram a Faculdade, atiraram bombas em todos os andares, quebrando portas, prenderam indiscriminadamente pessoas que lá estavam, inclusive professores, e violaram o arquivo do Centro Acadêmico Visconde de Cairu.

Essa é apenas uma das histórias que aconteceram em nosso país durante essa época tão repressora. Para conhecer mais, tem um link bem legal na Folha Online, onde alguns personagens contam histórias que viveram em São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2003/saopaulo450/eu_estava_la.shtml

Somewhere back in time

Agora é certo. Eu vou no show do Iron Maiden.
Depois de meses de indecisão, por falta de companhia, acabei arrumando uma para ir ao show comigo.
É, eu sei que tenho namorado, mas nessas horas é cada um por si.

Só um recadinho: Cabeludos, sejam educados com as meninas na pista. Fala a verdade. Tem que gostar muito pra pagar caro e ser pisoteada. Mas tá valendo.
O show será no Autódromo de Interlagos (SP), dia 15/03, às 20h.