terça-feira, 4 de novembro de 2008

Aventuras no GP Brasil 2008

Como adiantei no post anterior, neste fds eu fui cobrir o GP Brasil de F1. No geral minha avaliação foi boa. Mas vamos desde o início porque muitas coisas aconteceram.
Só para situar, a New Line operadora trouxe para São Paulo cerca de 900 pessoas para assistir ao GP. Para acompanhar essa operação, a operadora convidou dois jornais de turismo para participar: Mercado & Eventos (euzinha) e o concorrente, Panrotas (Rene).
Explicado como eu fui parar no GP. Vamos continuar.

Sábado (01/11)

Acordamos bem cedo e reunimos a galera para irmos ver os treinos, um às 11h e o oficial às 14h. Primeiro foi difícil de chegar, o motorista do ônibus não era de SP, ele demorou mais de uma hora para se achar na cidade. Quando chegamos, o estacionamento dos buzão fica longe pra kct do setor para onde eu tinha ingresso (setor G - próximo a curva do lago, ou para quem preferir, na reta oposta ao box). A caminhada até o setor G foi de 38 minutos, cronometrados pelo Ageu (agente de viagem da New Line em Fortaleza). Nesse dia, estava um calor da porra. Um sol de rachar o côco. E eu, branca desse jeito, não levei um boné ou protetor solar. Minha sorte é que ganhei um kit da operadora que tinha pelo menos o protetor, mas já era tarde. Estou toda vermelha. Na verdade, vermelha em partes (pescoço, mãos e rosto).

Eu achei que tinha chegado cedo, mas tinha uma galera que havia dormido na fila para pegar bons lugares. Foi o caso de um pessoal de Itu que conhecemos lá. Galera animada essa! Demais pro meu gosto. Ficamos alí por perto e acabamos fazendo amizade. Aprendi uma coisa, ou vc entra na brincadeira, ou aguenta as consequências. Entrei na dança, claro! A torcida lá é tão organizada que até musiquinha eles fazem. Uma delas são para as pessoas chegam somente no horário marcado do treino ou da corrida. É mais ou menos assim: "Acordou tarde, tomou café, agora vai ficar de pé. Tomou banho, passou xampu, agora vai tomar no cú". Hahaha, é isso mesmo! A galera não perdoa e também não deixa esse povo mais atrasadinho (pelo menos na opinião deles) sentar na arquibancada no alto. Se quiser fica lá em baixo, e se não desce leva um coro: "1...2...3...Desce filha da puta". Fica aí uma dica para quem pretende assistir o Gp nos próximos anos: chegue cedo.



Durante o treino correu tudo muito bem. Massa na pole e Hamilton só na quarta posição. Não podia ser melhor. Nesse mesmo dia, tínhamos também programado uma visita ao Salão do Automóvel, então logo que saímos do autódromo voltamos para um pit stop no hotel e em seguida arrancamos para o salão (reparou que estou usando linguagem automobilística?). O evento a noite também foi bem legal, mas eu já estava morta e não aguentava mais ver carros na minha frente. Ainda mais aqueles, que nem em sonho eu poderia comprar. Na volta, nos perdemos de novo.

No domingo (02/11)

O dia começou cedo. Aliás muuuito cedo, às 5h da madrugada. Tudo para não termos que ouvir o coro da galera, aquele 1 2 3.... Dessa vez, o motorista já se saiu melhor no trânsito e chegou direitinho no autódromo. Começamos nossa caminhada até a entrada do setor, quando o Ageu lembrou que seu ingresso havia ficado na mochila dentro do ônibus. Ele voltou e ficamos esperando. Quando nos demos conta da demora dele, resolvemos voltar para ver o que estava acontecendo. Ele estava trancado dentro do ônibus. Foi muito engraçado! Ele já estava desesperado, coitado. Deu um trabalho para tirarmos ele lá de dentro, abrimos a janela do motorista e procuramos o botão que abre a porta principal. Mas deu tudo certo e conseguimos tirar o cara de lá. Já pensou vc do lado do autódromo com o ingresso na mão e não consegue ver a corrida porque o motorista te trancou sem querer no ônibus. É de morrer né?

Conseguimos entrar no nosso setor já era umas 8h30 e logo achamos um pessoal da New Line que estava guardando uns lugares. Se eu achei que no dia anterior tava lotado, eu não imaginava o que me aguardava. Tinha muita gente, saido pelo ladrão. Mas todos animadíssimos. A torcida vai fantasiada, leva megafone, faixas e tudo que a imaginação permite. Citando algumas figuras: homem aranha, uma bailarinha gorda, uma dupla de padres e anjinhos e ainda as faixas. Ah...as faixas, em especial para o Hamilton: "A curva do lago te espera" e para o Barichello "Bate nele Rubinho".

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Nesse dia não fez muito sol. O contrário, durante a corrida choveu umas três vezes, mas daquelas que nem molha direito. E a cada vez que ela vinha era um balé ensaiado a torcida vestindo as capas de chuva. E quando parava, outra coreografia de tirar as capas. Era muito engraçado ver. E eu sem capa, fiquei quieta. Antes da corrida, rolou outras competições de carro: BMW, Porsche e Maserati. Finalmente depois de tudo isso e muita espera a corrida começou. Massa liderou do início ao fim. O Vettel na cola dele o tempo todo. Esse menino vai dar trabalho. Dá um carro bom na mão dele pra vc ver só. Foi assim, meio como o esperado. Só no final, nas últimas voltas que o besta do Hamilton deixou o meninão do Vettel passar, aí foi uma loucura. Se acabasse a corrida e eles estivesse na 6ª colocação, o Massa era campeão mundial. Foi um drama até a última volta. O Massa já tinha passado pela linha de chegada era quase campeão, quando infelizmente a chuva apertou e o Hamilton conseguiu passar o Glock. Foi uma tristeza geral no autódromo. O sonho de termos um campeão brasileiro coroado no Brasil, já era.

XXXXXXXXXXXXXXXXPilotos desfilam pela pista antes da largada da prova.

A saída foi foda. Todo mundo reclamando e xingando. Teremos que esperar mais um ano para tentarmos o título. Eu comentei da chuva né? Então, nossa.....e como caia água naquela hora. Eu chegei no ônibus enxarcada, da cabeça aos pés. E lembra que eu falei que eram 38 min de caminhada? Imagina debaixo d'água? Delícia né! Mas isso não foi o fim da aventura. Eu estava junto com o pessoal da excursão e precisava de uma carona pra voltar para casa. O combinado foi que o motorista me deixaria em algum metrô. Combinado! Nem tanto, ele pegou a Marginal Pinheiros na volta, lá não tem metrô, aliás não tem nada por lá. Pra ajudar o ônibus estava na via expressa, não tinha como descermos, mas na hora quem pensou nisso? Nem eu, nem o Rene. O cara encostou no meio da avenida e eu pulei sem nem olhar pra tráz e o Rene fez igual.

Depois que fizemos a merda que pensamos: como sair do canteiro central? A marginal não tem farol e o trânsito é constante. Ficamos uns 15 min olhando um pra cara do outro e andando de um lado para o outro sem saber o que fazer. Até que não teve jeito, saímos correndo para atravessar a avenida. Estava chovendo, nós carregávamos duas mochilas cada um, estávamos encharcados..... Foi terrível. Cheguei do outro lado da rua tremendo de frio e de medo. Resolvido esse probleminha, ele foi de taxi e o André foi me buscar.

Finalizando, valeu a pena! Independente de todos os percalços, foi muito divertido. Mas eu nçao volto não!!!! Só se for no paddock, hahahaha. Espertinha!!!!