Quando eu estava em plena aborrescência meus pais acharam que morar no interior era uma boa idéia. Na cabeça deles era mesmo. Eu com meus quase 12 anos achei péssimo. Minha vida estava toda aqui em SP, amigos, escola, referências, tudo. Bom, como eu era muito pirralha e não tinha como ser diferente eu fui, mas deixei claro minha insatisfação e dizia para todos que quando fizesse 18 voltaria pra SP.
Leme, uma cidade pequena a cerca de 200km de SP, parecia "perfeito" para criar os filhos, se os filhos não fossem eu e meu irmão. Eram os anos 90 e eu vivi intensamente toda aquela coisa da deprê dos astros do grunge. Meu ídolo na época era o Kurt Cobain, vocalista do Nirvana que se matou um tiro de espingarda na cara. Sentiu o drama? Bem, vou resumir a história pq é muito deprê mesmo. O caso é que fiz 18 anos, passei na faculdade e voltei para SP. Como eu sempre disse que faria. Até aí ok.
O problema é que recentemente nesse universo da WWW reencontrei uma pessoa das antigas, e a coincidência é que ele é lá de Leme. Sempre achei ele muito interessante, além de gato, claro. Mas na ocasião, meu namorado era o irmão e ele era só um tipo platônico. Eu com 14 e ele com uns 20. Mas com o tempo, a idade diminuiu e hoje descobrimos que temos muito em comum. O que parecia impossível agora já não parece mais. Depois de tanta conversa "virtual", o negócio era partir pra uma mais pessoal. Como a família vai bem e ainda mora em Leme, ficou fácil arranjar isso.
Cheguei lá com todas as expectativas possíveis. E fui surpreendida de todas as maneiras. Eu já sabia que seria bom, mas viver aqueles poucos dias juntos foi mais do que eu podia esperar. Não tenho palavras pra descrever esses momentos. Eu costumo brincar que ele é minha alma gêmea. E por um breve instante foi mesmo. Breve, mas o suficiente que eu até pensei que podia durar pra sempre. Mas a minha vida é em SP enquanto a dele é em Leme. Não podemos esquecer disso, nem mudar. Temos ainda tanta coisa pra fazer cada um no seu lugar, não seria justo.
Não sei dizer se acabou pra sempre, nem posso dizer isso pq não é o que eu quero nem o que eu sinto. Descobrimos que um faz bem ao outro. Acho que é um bom sinal para que continuemos a nos ver. O que virá? Ainda não sei. A única coisa que não quero é tirar a paz que ele tanto procura. Eu me importo. Acho que gostar é isso.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
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2 comentários:
Caracas Li!!! Como essa vida da voltas menina, to feliz por você, porque da pra sentir como vc ficou feliz.
Ele é aquele das inúmeras cartas rs?
Beijos, seja muito, muito feliz e que 2010 seja infinitamente melhor do que foi 2009 pra vc.
esse cara é aquele das infinitas conversas via msn. nem sei se comentei com vc. estou super feliz, tenho até medo..... rsss
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